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Atraso no plantio da soja pode impactar diretamente segunda safra do milho

Presidente da Aprosoja-MT explica que cenário exige boa gestão e estratégias para minimizar impactos

24/10/2024 às 23h42
Por: Leandro Campos Fonte: Assessoria
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Foto: Reprodução
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O atraso no plantio da soja, que está com menos da metade de área plantada em relação a 2023, segundo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), deve impactar a segunda safra do milho (2024/2025). A condição climática, como chuvas irregulares, é um dos principais motivos no atraso da semeadura da oleaginosa que pode impactar o cultivo do cereal. O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Lucas Costa Beber, explica que o cenário exige boa gestão, e estratégias para minimizar os impactos, principalmente porque o clima, continua instável.

“No ano passado, nós tínhamos 60% de área plantada de soja, esse ano, no mesmo período, só temos 25% de área semeada, isso impacta diretamente na segunda safra do milho, ou seja, o milho vai ser semeado fora da janela de segurança, dentro da janela de risco, e parte da safrinha será semeada fora da janela” afirmou Lucas.

“Segundo fonte do Agritempo e da Rural Business, em um relatório de pluviosidade do Brasil, mostrava uma média entre 30 a 90mm de chuva, ou seja, grande parte do território está com pouca reserva de umidade no solo. A safra de soja no Brasil e a safra de milho já estão comprometidas”, completou Lucas.

O presidente da Aprosoja-MT ainda destacou sobre o cenário instável nos preços dos fertilizantes, o que afeta diretamente o bolso do produtor e compromete as decisões de plantio. No caso dos nitrogenados, a relação de troca desfavorável com o milho, somada ao atraso na semeadura da soja, tem levado os agricultores a adiarem suas compras. Essa postura cautelosa é justificada pelos altos custos, pelo cenário internacional incerto e pelo ritmo mais lento do plantio.

“A guerra no Oriente Médio tem prejudicado, já que Irã, Israel e outros países daquela região são exportadores de nitrogênio, inclusive o Brasil importa grande parte de nitrogênio para a produção de milho”, ressaltou o presidente.

Outra preocupação é que todos esses fatores juntos podem impactar no futuro, quando a produção de milho pode não ser suficiente para a importação e consumo interno.

“Mesmo se no ano que vem nós tivermos uma safra normal, há um cenário positivo para o mercado de milho. Porém, se tivermos uma quebra de safra de milho, o problema se agrava e o Brasil poderá importar mais milho para atender o mercado, porque a demanda tem aumentado interna e externamente por milho no mundo inteiro”, finalizou Lucas Costa Beber.

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